Durante a sessão, Flávio Dino destacou a gravidade da situação, ressaltando que a personalização das decisões do tribunal pode gerar ódios intensos e concentrados. O ministro expressou sua solidariedade ao ministro Moraes e sua família, salientando que foram encontrados documentos que indicam uma ameaça direta ao relator.
Ao abordar a suposta capacidade decisória exclusiva de Alexandre de Moraes, Flávio Dino desmistificou a ideia, frisando que as decisões são tomadas em conjunto com o colegiado. O ministro enfatizou que a interpretação de que Moraes decide sozinho é uma lenda, inserida no contexto da polarização política do país.
Além disso, Flávio Dino assegurou que o Supremo Tribunal Federal não se dobrará diante de pressões e agressões verbais. Ele alertou para a inutilidade dessas atitudes, que podem incentivar indivíduos destemperados a cometerem crimes. O ministro reforçou a importância dos agentes com poder jurídico em zelar pela integridade do debate público no Brasil.
Por sua vez, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, designou Alexandre de Moraes para conduzir o inquérito que investigará as explosões ocorridas em frente ao tribunal. A escolha foi baseada na regra de prevenção, uma vez que Moraes já está à frente das investigações relacionadas aos atos golpistas de janeiro de 2023. Após os ataques, a Polícia Federal iniciou uma investigação para apurar os motivos por trás do atentado.
A preocupação com a segurança e a integridade das instituições democráticas se torna cada vez mais evidente diante de episódios como esse, que colocam em risco a estabilidade e a ordem pública. A solidariedade de Flávio Dino a Alexandre de Moraes ressalta a importância da união e do fortalecimento das instituições em um momento de elevada tensão política.