O representante da empresa, Ricardo Gontijo, compareceu à reunião para prestar esclarecimentos sobre as acusações feitas. O vereador Rubinho Nunes, autor dos requerimentos que levaram à convocação da concessionária Consolare e da SP Regula para a discussão, ressaltou diversas reclamações recebidas, incluindo cobrança de preços abusivos, baixa qualidade na manutenção dos cemitérios e má prestação de serviços funerários.
De acordo com Gontijo, o Grupo Maya investiu até o momento cerca de R$ 192,5 milhões nos cemitérios sob sua gestão. Ele afirmou que a empresa está cumprindo todas as obrigações contratuais, incluindo a fixação de preços dentro dos padrões estabelecidos. No entanto, os vereadores apresentaram denúncias de práticas de valores acima da tabela de preços pela concessionária, o que foi negado pelo diretor-presidente.
Um dos casos mais chocantes relatados foi o da dona Zilda, que investiu R$ 23 mil para reforma de um jazigo no cemitério da Saudade e teve cinco corpos exumados desaparecidos. O vereador Adriano Santos denunciou ainda a perda de restos mortais em uma exumação compulsória, onde um pai aguarda há meses pelos restos mortais da filha.
Em meio a essas acusações, os vereadores questionaram a qualidade dos serviços prestados pelo Grupo Maya. O diretor-presidente afirmou que, considerando o período de atuação da empresa, a qualidade é classificada como regular e que a concessionária está caminhando para a excelência até o prazo estabelecido em contrato, que é 2027.
Essa reunião na Câmara Municipal de São Paulo revelou um cenário preocupante envolvendo a administração dos cemitérios da capital e levantou questionamentos sobre a transparência e a qualidade dos serviços prestados pelas concessionárias responsáveis. A população aguarda por respostas e providências para garantir o respeito e a dignidade dos entes queridos que ali descansam.
