Julgamento de policiais acusados de sequestro e morte de servente de pedreiro termina com absolvição dos réus

O julgamento dos cinco policiais militares de Alagoas acusados de sequestrar e matar o servente de pedreiro Jonas Seixas teve desfecho inesperado na madrugada desta quinta-feira, 14. O caso que chocou a população do estado e repercutiu nacionalmente teve um desfecho polêmico, com a absolvição de todos os acusados pelo Conselho de Sentença.

Durante o julgamento, a defesa dos policiais sustentou a tese de que Jonas Seixas era, na verdade, um informante da Polícia Militar e que seu desaparecimento teria sido encenado para manter sua segurança e disfarçar sua colaboração com as autoridades. Segundo os militares, ele teria sido liberado após a suposta prisão no bairro do Jacintinho, onde foi visto pela última vez.

Por outro lado, o Ministério Público de Alagoas argumentou que o desaparecimento de Jonas Seixas configurava homicídio qualificado, sequestro, tortura e ocultação de cadáver, já que até o momento a família não tem informações sobre o paradeiro do corpo da vítima. Contudo, o Conselho de Sentença não reconheceu a materialidade do crime e absolveu os réus de todas as acusações.

A decisão causou indignação entre familiares de Jonas Seixas e ativistas dos direitos humanos, que prometem não se calar diante do que consideram uma injustiça. A promotoria ainda não informou se irá recorrer da sentença, mas a sociedade aguarda por respostas e por justiça para o caso, que permanece sem uma conclusão definitiva.

A história de Jonas Seixas e a controvérsia em torno de seu desaparecimento continuarão a alimentar debates e reflexões sobre a atuação das forças de segurança e a proteção dos direitos humanos em Alagoas. A luta por justiça e por esclarecimento dos fatos persiste, mesmo diante de uma decisão que decepcionou muitos que acompanhavam o caso com expectativa.

Sair da versão mobile