Além disso, o boletim revelou que a tendência de alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) também está presente em outros oito estados. No entanto, nesses estados, como Amazonas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Roraima, a concentração dos casos graves está entre as crianças.
Diante desse cenário preocupante, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella, faz um alerta à população de risco, especialmente os idosos. Segundo ela, é essencial manter a vacinação em dia, tanto contra a covid-19 quanto contra a influenza, como forma de prevenir casos graves de infecções respiratórias.
Tatiana ainda reforça a importância de manter a etiqueta respiratória, usando máscaras e evitando tossir ou espirrar perto de outras pessoas, em caso de aparecimento de sintomas. Desde o início deste ano, já foram notificados mais de 150 mil casos de SRAG, com quase metade deles apresentando resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.
Quanto aos óbitos relacionados à SRAG este ano, já foram registradas mais de 9 mil mortes, sendo que mais da metade delas apresentava resultado positivo para algum vírus respiratório. Os dados apontam que a influenza A, a influenza B, o VSR, o rinovírus e o Sars-CoV-2 (covid-19) são os principais agentes causadores de óbitos por infecções respiratórias graves. A situação exige atenção e cuidados redobrados por parte da população, especialmente daqueles mais vulneráveis.