Segundo a líder indígena, os povos indígenas preservam 80% da biodiversidade do planeta, apesar de representarem apenas 5% da população mundial. Ela enfatizou que os indígenas vivem em harmonia com o meio ambiente e possuem um vasto conhecimento ancestral que pode contribuir significativamente para a sustentabilidade.
Tupari também abordou a questão da burocracia na concessão de financiamentos aos povos nativos, criticando as restrições impostas pelos bancos multilaterais e pelo governo brasileiro. Ela ressaltou que, embora haja promessas de financiamento por parte de organismos internacionais, na prática, o dinheiro não chega à população indígena devido às barreiras burocráticas.
Além disso, a representante da Apib manifestou preocupação com o projeto da Petrobras de explorar a Margem Equatorial, região que abriga grandes reservas de petróleo. Tupari enfatizou a importância de limitar a extração de combustíveis fósseis para combater as mudanças climáticas e proteger o meio ambiente, especialmente na Amazônia.
Diante desses desafios, os movimentos indígenas estão mobilizados para defender seus direitos e se opor à exploração da Margem Equatorial. Tupari anunciou que durante a COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, no próximo ano, os indígenas irão protestar contra a exploração de petróleo na região, reforçando a luta pela preservação ambiental e pela demarcação das terras indígenas como forma de enfrentar as mudanças climáticas.