BRASIL – Ato na Praia de Copacabana pede fim da fome no mundo e mobiliza manifestantes em protesto contra o G20

Na manhã deste sábado, a Praia de Copacabana foi palco de duas importantes manifestações. Mais de 700 pratos vazios foram fincados na areia em um ato simbólico que clamava pelo fim da fome no mundo. A ação foi organizada pelas ONGs Rio de Paz e Ação da Cidadania, em preparação para a reunião do G20, que reúne as principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana.

Os 733 pratos representavam os 733 milhões de pessoas que enfrentavam a fome no ano passado, de acordo com dados do relatório da FAO. O fundador da Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, destacou a indignação diante da produção insuficiente de alimentos no planeta para suprir a demanda global.

Além dos pratos, faixas com a frase marcante de Betinho, fundador da Ação da Cidadania, foram exibidas, reforçando a urgência da situação: “Quem tem fome tem pressa”. Costa enfatizou a importância de as lideranças políticas presentes no G20 assumirem um compromisso efetivo no combate à fome, com metas mensuráveis e um cronograma transparente.

Paralelamente, o G20 Social realizou um encontro na zona portuária do Rio de Janeiro, onde uma carta de prioridades foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nutrição global e a luta contra a fome foram destacadas como metas essenciais pelo grupo, em sintonia com a presidência rotativa brasileira do G20.

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa com potencial para beneficiar 500 milhões de pessoas, foi um dos temas em destaque. A sociedade civil, representada por diversas entidades e movimentos sociais, busca pressionar os líderes mundiais presentes no G20 a se comprometerem efetivamente com a erradicação da fome e da pobreza em todo o planeta.

Enquanto isso, a Cúpula dos Povos reuniu manifestantes na orla de Copacabana em um ato de resistência e contraponto ao G20. Com críticas ao poder decisório dos líderes mundiais e demandas por um mundo mais justo e igualitário, os participantes expressaram solidariedade com a Palestina e repudiaram ações militares imperialistas.

A diversidade e a força dos movimentos sociais presentes na manifestação contra o G20 evidenciaram a urgência de construir novas relações internacionais baseadas na solidariedade, igualdade e autodeterminação dos povos. Enquanto o G20 se prepara para a reunião de chefes de Estado e de governo, a pressão da sociedade civil busca assegurar que as questões urgentes, como a fome global, sejam verdadeiramente enfrentadas e solucionadas.

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