BRASIL – Movimentos sociais do G20 propõem reforma da ONU e taxação de super-ricos em documento para líderes do bloco

Os movimentos sociais e as entidades da sociedade civil organizada que compõem o G20 Social estão propondo medidas ousadas e inovadoras para os líderes da cúpula do bloco. Dentre as propostas está a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a taxação das grandes fortunas dos super-ricos ao redor do mundo.

Durante uma das plenárias realizadas nesta sexta-feira (15), foi discutida a taxação dos super-ricos. A proposta construída defende que a taxação seja igual em todos os países, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, e que os recursos arrecadados sejam destinados a um fundo de financiamento de políticas sociais, ambientais e culturais. Dessa forma, espera-se promover uma distribuição mais justa dos recursos.

A vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso, ressaltou a importância de melhorar a justiça social por meio da tributação dos super-ricos. Ela destacou que a proposta busca ampliar a arrecadação para investimentos em políticas públicas e sociais, visando beneficiar toda a sociedade.

Além disso, um grupo de representantes de entidades e movimentos sociais discutiu a proposta para a reforma da governança global. O texto apresentado reivindica uma reforma do modelo atual de governança global, visando atender aos desafios contemporâneos e ampliar a participação dos países do Sul Global.

Raquel Castilho da Silva, representante do think tank InterAgency Institute, elogiou a criação do G20 Social pela presidência brasileira, destacando a importância de trazer a sociedade para mais perto da cúpula do bloco. Ela ressaltou a oportunidade de influenciar propostas e textos, demonstrando a relevância do diálogo entre as lideranças e a sociedade civil.

Apesar das propostas e acordos firmados durante a cúpula do G20 Social não terem poder mandatório, essas decisões são vistas como um sinalizador das políticas que os governos pretendem adotar. Resta agora aos líderes do G20 considerarem essas propostas e avaliarem a viabilidade de implementá-las em seus países.

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