A iniciativa de criar um espaço para as ararinhas-azuis no Zoo foi motivada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave) do ICMBio. Este ano, o zoológico recebeu 27 animais da espécie e estabeleceu um centro de conservação exclusivo para eles. O objetivo principal é reproduzir as aves e prepará-las para um eventual retorno à natureza, além de promover ações de educação ambiental para estudantes de escolas públicas.
A presidente do Instituto Arara Azul, Neiva Guedes, destacou a importância desse projeto para a conservação da biodiversidade. Ela ressaltou a relevância do Zoológico de São Paulo em contribuir para o aumento da população de ararinhas-azuis na natureza e fortalecer ações de preservação. Neiva explicou que as ararinhas-azuis foram redescobertas recentemente e que a reprodução controlada dessas aves é essencial para garantir sua sobrevivência.
Além das ararinhas-azuis, outras espécies de araras também podem ser observadas no Zoo de São Paulo, como a arara-azul-de-lear e a arara-azul-grande. Essas aves, presentes em regiões específicas do Brasil, como o Pantanal e a Bahia, também são alvo de programas de conservação e reprodução em cativeiro.
A cerimônia de inauguração do novo espaço contou com a presença do cineasta brasileiro Carlos Saldanha, conhecido por seus filmes de animação, como “Rio” e “Rio 2”, que abordam questões ambientais e contribuem para a conscientização do público. Saldanha ressaltou a importância de engajar a sociedade na preservação do meio ambiente e na proteção das espécies ameaçadas de extinção.
No âmbito da cooperação técnica, o Zoo de São Paulo e o Instituto Arara Azul firmaram um acordo para auxiliar a arara-azul-grande do Pantanal, que foi afetada por incêndios florestais. Essa parceria visa a implementação de ações de suporte à fauna atingida por queimadas, demonstrando o compromisso das instituições em proteger e conservar a vida selvagem.