BRASIL – Polícia Federal investiga incêndio na casa de homem que morreu após tentativa de atentado em Brasília

Na última quarta-feira (13), um incidente chocou Brasília e todo o país: Francisco Wanderley Luiz, mais conhecido como Tiu França, detonou explosivos na Praça dos Três Poderes, resultando em sua própria morte. Na manhã deste domingo (17), um incêndio na casa de Francisco, localizada em Rio do Sul, Santa Catarina, fez com que a Polícia Federal iniciasse uma investigação para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

Os bombeiros militares de Santa Catarina foram acionados por volta das 6h57 para atender a ocorrência. No local, uma mulher foi resgatada com queimaduras graves em todo o corpo e encaminhada ao pronto socorro do Hospital Regional Alto Vale. A residência de 50 metros quadrados já estava parcialmente destruída pelo fogo, que foi controlado pela equipe de bombeiros.

O laudo pericial para identificar as causas do incêndio será divulgado em alguns dias, com um prazo máximo de 30 dias para conclusão. A polícia também descobriu a presença de explosivos na residência onde Francisco estava hospedado em Ceilândia, região administrativa próxima a Brasília, e em um carro estacionado perto de um prédio anexo da Câmara dos Deputados.

As explosões ocorridas na sede do Supremo Tribunal Federal foram consideradas pela Polícia Federal como um ato terrorista. As investigações ainda estão em andamento para determinar se Tiu França agiu sozinho ou se teve apoio de terceiros. De acordo com relatos de familiares, o homem estava obcecado por política nos últimos anos, o que pode indicar motivação política para seus atos.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, atribuiu o atentado à polarização política e ao “gabinete do ódio” montado durante o governo de Jair Bolsonaro. A necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia foi ressaltada pelo presidente da Suprema Corte, Luís Roberto Barroso. Moraes foi designado como relator do inquérito para apurar as explosões, devido à sua atuação nas investigações sobre outros atos ilegais anteriores.

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