BRASIL – Argentina não adere à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, enquanto pobreza ultrapassa 50% da população nos seis primeiros meses do presidente.

O governo argentino causou polêmica ao não aderir à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa promovida pelo Brasil durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro. Enquanto isso, a pobreza na Argentina aumenta, ultrapassando 50% da população nos seis primeiros meses do mandato do presidente Javier Milei. Medidas de austeridade adotadas pelo governo argentino levaram ao fechamento de restaurantes populares que distribuíam alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.

A Aliança Global contra a Fome foi lançada com a adesão de 81 países, além de diversas instituições financeiras, organizações internacionais e entidades filantrópicas. A expectativa é que a estrutura de governança da Aliança esteja pronta até 2025, visando beneficiar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em todo o mundo até 2030. O objetivo também inclui expandir as refeições escolares de alta qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com pobreza infantil e fome endêmicas.

No entanto, a falta de adesão da Argentina ao programa levantou questionamentos sobre a postura do governo argentino no G20. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que os países participantes mantenham o espírito de consenso para combater a desigualdade global. A expectativa é se o presidente Milei concordará com outras iniciativas do Brasil no G20, como a taxação dos super ricos e medidas contra as mudanças climáticas.

A preocupação com a fome mundial é reforçada pela FAO, que divulgou que cerca de 750 milhões de pessoas passaram fome em 2023, o que representa uma pessoa com fome para cada 11 habitantes no mundo. Espera-se que a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza seja um marco na luta contra a desigualdade e na promoção de políticas de transferência de renda em países em desenvolvimento.

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