O Acordo de Paris, assinado em 2015 por 193 países membros da ONU, fixou a Agenda 2030, que engloba 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com metas específicas a serem alcançadas. No entanto, a declaração final da Cúpula destacou que, desde 2015, apenas 17% das metas dos ODS tiveram progresso efetivo, evidenciando desafios a serem enfrentados.
Durante a Cúpula, o Brasil, que atualmente ocupa a presidência do G20, liderou as discussões e viu Argentina expressar algumas divergências com o texto final. O governo argentino, liderado por Javier Milei, que anteriormente havia criticado publicamente o Acordo de Paris, acabou aderindo à declaração, apesar de registrar ressalvas e se desvincular parcialmente da Agenda 2030.
Além de reiterar as diretrizes do Acordo de Paris, a declaração final abordou cinco tópicos essenciais: situação política e econômica internacional, inclusão social e combate à fome e pobreza, desenvolvimento sustentável e ações climáticas, reforma das instituições globais de governança e inclusão e efetividade no G20.
Dentre os temas discutidos, o financiamento climático foi um ponto crucial. O texto da declaração ressaltou a necessidade de maior colaboração e apoio internacional para ampliar o financiamento e investimento climático público e privado, destacando a importância de otimizar as operações dos fundos verdes e apoiar mecanismos inovadores como o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF).
A presidência do Brasil no G20 em 2024 também trouxe à tona debates sobre a tributação dos super ricos como forma de financiar iniciativas sociais e ambientais. A proposta de um imposto mínimo sobre os super ricos foi discutida, tendo o Brasil como defensor dessa medida, apesar de enfrentar resistências de outros países como os Estados Unidos.
Esta foi a primeira vez que o Brasil presidiu o G20 desde 2008, sendo a Cúpula dos Líderes o ponto alto desse mandato. A África do Sul sucederá o Brasil na presidência do grupo, dando continuidade às discussões e ações em busca de um desenvolvimento mais sustentável e equitativo para todas as nações participantes.