Esses números estão acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% para este ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A partir de 2025, será adotado o sistema de meta contínua, com o centro da meta fixado em 3% e margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O aumento nas projeções de inflação reflete as pressões recentes sobre os preços, principalmente em setores como habitação e alimentos. Em outubro, a inflação subiu 0,56%, com o IPCA acumulando alta de 4,76% em 12 meses, de acordo com dados do IBGE.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 11,25% ao ano. O Copom tem aumentado a taxa de juros nas últimas reuniões devido ao cenário de alta do dólar e incertezas na economia global.
A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre 2024 em 11,75% ao ano e suba para 12% ao ano em 2025, com reduções previstas para os anos seguintes. As taxas de juros mais altas têm o objetivo de conter a demanda aquecida, mas também podem impactar negativamente a atividade econômica.
No que diz respeito ao crescimento econômico, as projeções apontam para um avanço de 3,1% do PIB em 2024 e de 1,94% em 2025, com estimativas de 2% para os anos seguintes. Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, superando as expectativas.
Quanto à cotação do dólar, a previsão é de R$ 5,60 para o fim deste ano e de R$ 5,50 para o fim de 2025. Acompanhar esses indicadores econômicos é fundamental para compreender as perspectivas e desafios da economia brasileira nos próximos anos.