BRASIL – Universidades de SP investigam ofensas durante Jogos Jurídicos em Americana e promovem cultura de respeito e inclusão.

A diretoria da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) anunciou que irá investigar com rigor as ofensas proferidas durante os Jogos Jurídicos, que ocorreram em Americana (SP) no último sábado (16). Alunos do curso de direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) teriam provocado os adversários da USP durante uma partida de handebol, utilizando termos como “cotistas” e “pobres” de forma pejorativa, de acordo com a diretoria da USP.

Segundo a diretoria, tais manifestações são consideradas inadmissíveis e contrárias aos valores democráticos e humanistas historicamente defendidos pelas instituições de ensino superior. Para eles, o espaço universitário deve ser um local de reparação e transformação, combatendo a segregação e promovendo a igualdade.

A USP afirmou que pretende transformar esse incidente em um marco para fortalecer uma cultura de respeito, equidade e inclusão nas instituições de ensino. A Faculdade de Direito da PUC-SP e os Centros Acadêmicos XI de Agosto e 22 de Agosto também assinaram o comunicado, compartilhando a mesma intenção.

Em uma declaração conjunta, as instituições destacaram que as festas e jogos universitários devem ser momentos de integração, congraçamento e solidariedade, não de ódio, violência e intolerância. Eles ressaltaram a importância do engajamento de todos na luta pela superação da cultura de violência nos espaços acadêmicos.

A reitoria da PUC-SP expressou seu repúdio a toda forma de violência, racismo e aporofobia, classificando o episódio como intolerável. A instituição afirmou combater o racismo ativamente e garantiu que atos de discriminação são proibidos pelo estatuto e regimento da universidade. A reitoria determinou que a Faculdade de Direito investigue os fatos com rigor e responsabilize os autores.

Por fim, a PUC-SP destacou suas ações de promoção da inclusão social e racial, como programas de bolsas e políticas de ação afirmativa para a contratação exclusiva de docentes negros. A Secretaria da Segurança Pública informou que não houve registro formal de queixa sobre o caso até o momento.

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