O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ao lado do presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a importância desses recursos para trazer previsibilidade e flexibilidade no financiamento das ações de saúde ao redor do mundo. Adhanom destacou que, historicamente, apenas uma pequena parcela do financiamento era previsível, mas com essas novas doações será possível implementar novas iniciativas para criar um mundo mais justo e seguro.
Durante a Cúpula, Lula cobrou dos países desenvolvidos um maior investimento em saúde, ressaltando as contradições existentes no mundo atual. Ele apontou que, enquanto bilhões de dólares são gastos em guerras, muitas vezes mais do que o investimento em salvar vidas, a prioridade deveria ser diferente. O Brasil, na presidência do G20, buscou priorizar o combate à fome e às necessidades das pessoas, colocando esses temas como centro das discussões.
Além disso, a ministra Nísia Trindade destacou a importância da criação da Coalizão para a Produção Local e Regional, Inovação e Acesso Equitativo, uma iniciativa que visa fortalecer a OMS e sustentar o sistema multilateral de saúde. Essa coalizão conta com o apoio de organismos internacionais e envolverá iniciativas voluntárias para selecionar projetos que receberão financiamento.
A presidência brasileira no G20 também teve como prioridades o combate à fome, às desigualdades, mudanças na governança global e enfrentamento das mudanças climáticas, temas esses conectados com propostas para a saúde. A abordagem “Uma Só Saúde”, que reconhece a interconexão entre saúde humana, animal, vegetal e ambiental, foi outro destaque na declaração final da Cúpula dos Líderes do G20.
Em resumo, a Cúpula dos Líderes do G20 foi marcada por importantes discussões e compromissos em relação ao financiamento da saúde global, com doações significativas dos países participantes e a criação de iniciativas como a Coalizão para a Produção Local e Regional, Inovação e Acesso Equitativo. Esses esforços visam combater as desigualdades e fortalecer a resposta global em saúde.