BRASIL – General da reserva preso afirma que Bolsonaro autorizou plano golpista até 2022, revela Operação Contragolpe da PF.

A recente operação da Polícia Federal, intitulada Contragolpe, resultou na prisão de cinco militares, incluindo o general da reserva Mário Fernandes. De acordo com informações obtidas durante a operação, Fernandes afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria dado aval para um plano golpista com prazo até 31 de dezembro de 2022.

Essa afirmação surgiu a partir de uma conversa registrada no relatório de inteligência da operação, que visava impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. No áudio divulgado, Fernandes menciona que Bolsonaro teria afirmado que a “ação” poderia ser realizada até o último dia de seu mandato.

Durante sua gestão, o general ocupou o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República. Segundo a Polícia Federal, Fernandes foi responsável pela elaboração de um arquivo de word intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, com um planejamento voltado para o sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e dos presidentes eleitos Lula e Alckmin.

A investigação apontou que o documento foi impresso no Palácio do Planalto e posteriormente levado para o Palácio da Alvorada, residência oficial de Bolsonaro. No entanto, o ex-presidente não foi mencionado como investigado no caso.

Até o momento, Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal. Porém, seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, declarou que “pensar em matar alguém não é crime”, em suas redes sociais.

A defesa do general Mário Fernandes não foi contatada pela Agência Brasil para comentar o caso. O espaço está aberto para manifestações e mais informações sobre essa operação que abalou o cenário político do país.

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