As mensagens trocadas entre os integrantes do grupo Copa 2022 revelaram que os investigados estavam no local, prontos para executar ações com o intuito de prender o ministro Alexandre de Moraes. No entanto, o adiamento da sessão do Supremo sobre o orçamento secreto do Congresso acabou levando ao cancelamento da operação clandestina.
A Operação Contragolpe foi deflagrada para prender cinco militares que pretendiam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final do mandato de Jair Bolsonaro. Os acusados executaram a operação clandestina Copa 2022, três dias após a cerimônia de diplomação de Lula e Geraldo Alckmin como presidente e vice eleitos nas eleições de outubro daquele ano pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Durante a investigação, foi descoberto que os membros da operação utilizavam codinomes e linhas telefônicas de terceiros para se comunicarem de forma criptografada. Além disso, a PF concluiu que é plenamente plausível que a residência de Alexandre de Moraes tenha sido monitorada por um dos investigados.
A PF também descobriu que os investigados tinham um plano para assassinar Lula e Alckmin em 15 de dezembro de 2022. Na data planejada, Lula estava em São Paulo em um evento com catadores de materiais recicláveis, enquanto Alckmin se reunia com governadores em um hotel em Brasília.
Essas descobertas revelam a gravidade das intenções dos militares investigados e levantam preocupações sobre a segurança e estabilidade do país diante de possíveis tentativas de golpe e atentados contra autoridades. A PF continua a investigação para desvendar totalmente esse complexo esquema de atividades ilícitas.