A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal, investigou um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O objetivo do grupo era consolidar um golpe de Estado no país. Os fatos ocorreram no final de 2022, quando Lula e Alckmin já haviam sido eleitos, mas ainda não tinham tomado posse.
Os presos são o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo, integrantes das Forças Especiais do Exército. Também foi preso o agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares. O general Fernandes atuou como chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro.
Lewandowski ressaltou a gravidade do envolvimento de agentes de segurança do Estado em um plano para subverter a ordem democrática e assassinar autoridades. Ele destacou a importância das investigações em andamento e mencionou que a participação de aliados do ex-presidente Bolsonaro, como o general Walter Braga Netto, ainda está sendo apurada.
O ministro da Justiça também revelou que conversou com o presidente Lula sobre as investigações da PF e descreveu a reação do mandatário, que estava surpreso com a dimensão do golpe planejado. Lula, que estava no Rio de Janeiro para a Cúpula de Líderes do G20, está retornando a Brasília e ainda não se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal.
Lewandowski afirmou que os suspeitos estiveram muito perto de concretizar seus planos criminosos e ressaltou a importância de reforçar a segurança das autoridades. Ele finalizou destacando a inaceitabilidade das ações dos envolvidos, que foram treinados pelo Estado para proteger a sociedade e não para cometer crimes contra o próprio Estado.