De acordo com a PF, esse grupo teria criado um “Gabinete Institucional de Gestão da Crise”, liderado pelos generais Augusto Heleno e Braga Netto, ex-militares que ocuparam importantes cargos no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento também menciona que o arcabouço jurídico do golpe teria sido desenhado pelo Superior Tribunal Militar (STM).
Nomes como “Cel André”, “Cel Vilela”, “Cel Yatabe”, “Cel Peregrino”, “TC Sena”, “TC Letícia” e “Amanda” foram mencionados em análises de conversas feitas pela Polícia Federal. Alguns desses integrantes já foram identificados, incluindo o tenente-coronel Darlan Sena Messias Larssen, que teria atuado como assessor de comunicação da Casa Civil e do Gabinete de Segurança Institucional, e o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal André de Souza Costa, que foi secretário especial de Comunicação Social.
A PF destacou no documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes que as ações identificadas pelo órgão demostram um detalhado plano de atuação, envolvendo técnicas de anonimização, monitoramento clandestino e emprego ilícito de recursos públicos. Essas informações foram fundamentais para a adoção das medidas cautelares executadas na Operação Contragolpe, deflagrada pela PF.
Essa operação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito, além de planejar o homicídio de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. A ação também incluía a prisão e execução de um ministro do STF, que estava sendo continuamente monitorado pelo grupo. A PF já vinha investigando esse grupo desde fevereiro, quando foram identificadas suas atividades ilícitas.