A investigação em curso visa desvendar a concessão de pensões por morte a dependentes fictícios menores, utilizando cadastros de segurados falecidos do Regime Geral de Previdência Social selecionados com a ajuda de um servidor do INSS. Uma vez escolhido o instituidor, o grupo criminoso recrutava pessoas, principalmente mulheres, para se passarem como genitoras de crianças fictícias.
Essas crianças eram inseridas em registros de nascimento falsos e passavam a constar como dependentes do segurado falecido. Além dos pagamentos mensais, os benefícios concedidos resultavam em créditos retroativos que eram repassados à organização criminosa.
Quatro mandados judiciais de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela Polícia Federal, três em União dos Palmares/AL e um em Maceió, todos expedidos pela 7ª Vara Federal de Alagoas. Além disso, uma medida cautelar diferente da prisão foi emitida pela justiça federal.
Na primeira fase da operação, 119 pensões por morte com indícios de irregularidades foram identificadas, das quais 75 foram cessadas durante as investigações para evitar prejuízos ao Erário. Todos os benefícios com suspeitas de concessão estão passando por revisões pelo INSS.
O prejuízo estimado das ações criminosas investigadas é de R$ 12.926.052,81. No entanto, a suspensão dos benefícios por meio das revisões pelo INSS pode resultar em uma economia de R$10.253.622,08 em pagamentos futuros indevidos. A operação continua em andamento para desmantelar o esquema fraudulento e garantir a correta concessão de benefícios previdenciários.