A utilização da arma emprestada foi crucial na investigação dos homicídios cometidos por Albino Santos. Através de exames balísticos, foi identificado que até o momento foram cometidos dez homicídios, dos quais ele confessou oito. Em depoimento à polícia, o serial killer revelou que realizava um trabalho de “inteligência” antes de cometer os crimes, monitorando as redes sociais das vítimas para conhecer suas rotinas e determinar o melhor momento para atacar.
Segundo a delegada Tacyane Ribeiro, os assassinatos sempre ocorriam durante a noite, a partir das 23 horas, em locais previamente estudados por Albino Santos, com menor movimentação e sem câmeras de vigilância. Ele utilizava roupas escuras, máscara facial e boné para evitar ser identificado, atacando as vítimas pelas costas com múltiplos tiros na cabeça. Os crimes eram cometidos em uma área de 800 a 850 metros de sua residência.
Apesar de não demonstrar remorso, Albino Santos não apresentava sinais de patologias mentais. Ele justificou os assassinatos como uma espécie de justiça, referindo-se às vítimas como um “câncer” para a sociedade que ele, como justiceiro, tinha que eliminar. Com sua prisão em setembro passado, a polícia agora investiga sua possível ligação com outros homicídios na região onde vivia. Seis inquéritos estão sendo reabertos para apurar seu envolvimento.
A delegada salientou que as vítimas da região onde Albino vivia não possuíam o mesmo perfil das vítimas na área da Levada, mas a proximidade geográfica levanta suspeitas sobre seu possível envolvimento em outros crimes. A investigação continua para esclarecer o total envolvimento do serial killer em homicídios ocorridos nos anos anteriores.