Segundo relatos, o policial Guilherme Augusto Macedo efetuou um disparo à queima-roupa contra o jovem, resultando em sua morte. O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que a ação policial não seguiu os protocolos de uso gradativo da força, estabelecidos pela Polícia Militar (PM) paulista.
Em imagens capturadas por câmeras de segurança do hotel, é possível ver o momento em que o jovem entra sem camisa no saguão e é abordado pelos policiais. Em meio a uma situação de tensão, o rapaz tenta se soltar, é chutado por um dos agentes e, em seguida, atingido pelo disparo.
Para Silva, a tragédia que resultou na morte de Marco Aurélio é reflexo de uma falha na profissionalização da PM, que não discrimina classes sociais. O ouvidor ressalta que a decisão de atirar deveria ser a última opção, em casos em que não haja risco à integridade física dos agentes.
A morte do estudante de medicina provocou comoção e pesar, com a Associação Atlética Acadêmica Medicina Anhembi Morumbi manifestando solidariedade à família e amigos de Marco Aurélio. Sua morte representa não apenas a perda de um jovem com uma promissora carreira pela frente, mas também levanta debates sobre a conduta da polícia em situações de abordagem.
Tragédias como essa reforçam a necessidade de uma avaliação criteriosa das práticas policiais e da importância do respeito aos direitos humanos em todas as ações de segurança pública. A morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta não pode ser vista como apenas mais um número nas estatísticas de violência, mas como um alerta para a necessidade de mudanças e aprimoramentos nas políticas de segurança do estado.