Após o depoimento, o ministro enviou o caso de volta para a PF para que sejam realizadas complementações nas investigações. A defesa de Mauro Cid afirmou em entrevista que os benefícios da delação foram mantidos e que ele prestou todos os esclarecimentos solicitados.
A oitiva foi conduzida diretamente por Alexandre de Moraes, que é o responsável pela homologação da delação premiada do militar. O conteúdo do depoimento não foi divulgado publicamente.
Durante o depoimento à PF, na última terça-feira, Mauro Cid negou ter conhecimento de um suposto plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. No entanto, investigações da Operação Contragolpe revelaram que uma das reuniões do plano golpista aconteceu na casa do general Braga Netto, em Brasília, e teve a participação de Mauro Cid.
Mauro Cid assinou um acordo de delação premiada com a PF no ano passado, comprometendo-se a revelar fatos que presenciou durante o governo de Bolsonaro, como as vendas de joias sauditas e a fraude nos cartões de vacina do ex-presidente. Atualmente, ele é um dos 37 indiciados pela PF no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado após a eleição de Lula da Silva.