Após o inquérito chegar ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, relator da investigação, caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir se os acusados serão denunciados ao Supremo. As defesas dos investigados também terão a oportunidade de se manifestar.
Como o recesso de fim de ano no STF se iniciará em 19 de dezembro e terminará em 1° de fevereiro de 2025, espera-se que o julgamento da eventual denúncia ocorra no próximo ano.
Ademais, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, prestou depoimento ao Supremo sobre omissões e contradições apontadas pela PF. Após o depoimento, Alexandre de Moraes decidiu manter o acordo e os benefícios de delação premiada de Cid, enviando o novo depoimento de volta à PF para complementação das investigações.
Durante a oitiva da PF, Cid negou ter conhecimento sobre o plano golpista para matar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Moraes. No entanto, segundo as investigações da Operação Contragolpe, uma das reuniões da trama golpista ocorreu na casa do general Braga Netto, em Brasília, com a participação do ex-ajudante de ordens.
No ano anterior, Cid assinou um acordo de delação premiada com a PF, comprometendo-se a revelar informações sobre casos ocorridos durante o governo de Bolsonaro, como as vendas de joias sauditas e a fraude nos cartões de vacina do ex-presidente. A expectativa agora é aguardar os desdobramentos desse inquérito e as decisões que serão tomadas pela PGR e pelo STF.