Para garantir a continuidade das operações da usina, a Eletronuclear planeja investir um total de R$ 3.2 bilhões entre os anos de 2023 e 2027. Os recursos serão distribuídos em quatro parcelas, sendo aproximadamente R$ 720 milhões investidos nos primeiros quatro anos (2023 a 2026) e R$ 320 milhões em 2027.
Essa conquista representa um marco para a Eletronuclear, que enxerga a extensão da vida útil de Angra 1 como um dos principais projetos da companhia. Além disso, a empresa também tem como objetivo retomar a construção de Angra 3, aguardando a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para avançar nesse processo.
O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, comemorou a decisão favorável, ressaltando a importância do trabalho realizado nos últimos cinco anos pela equipe técnica da empresa. Ele comparou a usina Angra 1 com outras usinas nos Estados Unidos que foram autorizadas a operar por até 80 anos, destacando a excelência e eficiência da usina brasileira.
Angra 1 entrou em operação comercial em 1985 e possui um reator de água pressurizada (PWR), com 640 megawatts de potência. A usina é capaz de fornecer energia suficiente para abastecer uma cidade de 2 milhões de habitantes e contribui para o sistema elétrico nacional 24 horas por dia. A eficiência operacional de Angra 1 nos últimos cinco anos foi de 88,24%, o que demonstra a excelência do seu desempenho.
A Eletronuclear adquiriu Angra 1 da empresa americana Westinghouse sob o modelo “turn key”, que não previa transferência de tecnologia. No entanto, a experiência adquirida ao longo dos anos permitiu que a empresa desenvolvesse um programa contínuo de melhoria tecnológica, incorporando os avanços da indústria nuclear e garantindo a eficácia e segurança das operações.