A portaria do desligamento de Sousa foi publicada pela CGU nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da União. Durante a gestão de Guimarães, o ex-vice-presidente ocupou os cargos de Estratégia de Pessoas e de Logística e Operações na Caixa.
Além da demissão, Antônio Carlos Ferreira de Sousa foi impedido de ocupar cargos comissionados ou funções de confiança no Poder Executivo Federal por 8 anos. Desde o surgimento das denúncias, Sousa estava afastado de suas funções, porém, continuava a trabalhar na Caixa.
Na época em que as acusações de assédio moral e sexual por parte de Pedro Guimarães vieram à tona, a Caixa criou um canal interno de denúncias. Após a investigação dos casos com base nos relatos recebidos, várias ocorrências de assédio por parte de Sousa foram constatadas.
Em nota, a Caixa afirmou que não tolera nenhum tipo de assédio por parte de dirigentes ou empregados e que o processo de investigação seguiu as regras da administração pública. O banco informou ainda que enviou o relatório conclusivo sobre as investigações à CGU em outubro de 2023, seguindo os ritos da governança.
Essa situação se insere em um contexto maior de denúncias de assédio na Caixa durante a gestão de Pedro Guimarães, que culminaram em sua renúncia em junho de 2022. Ações foram movidas contra o ex-presidente, que se tornou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias do banco. A instituição financeira já desembolsou cerca de R$ 14 milhões em indenizações decorrentes desses casos.