BRASIL – Policial militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de Medicina em São Paulo, com câmeras registrando o ocorrido.

Na madrugada da última quarta-feira (20), um triste episódio chocou a população de São Paulo. Um estudante de Medicina, identificado como Marco Aurélio Cardenas Acosta, de apenas 22 anos, foi vítima de um disparo de arma de fogo efetuado por um policial militar durante uma abordagem na escadaria de um hotel localizado na Rua Cubatão, na Vila Mariana, zona sul da capital paulista.

O policial responsável pelo disparo, identificado como Guilherme Augusto Macedo, foi indiciado por homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar, em um Inquérito Policial Militar (IPM), de acordo com informações divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública. Além disso, as câmeras corporais dos policiais registraram toda a ocorrência, o que colaborará para as investigações sobre o caso.

Após o ocorrido, tanto o autor do disparo quanto o segundo policial militar envolvido na abordagem prestaram depoimento e foram afastados de suas atividades operacionais até que as investigações sejam concluídas. A Secretaria de Segurança Pública ressaltou que todas as condutas dos agentes estão sendo investigadas e que as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou-se nas redes sociais lamentando a morte de Marco Aurélio e enfatizou que abusos por parte da polícia não serão tolerados e serão severamente punidos. No entanto, o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, aponta um retrocesso na segurança pública do estado, destacando o aumento da letalidade policial.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, as mortes provocadas por policiais militares em serviço tiveram um aumento significativo de 84,3% este ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP tem analisado esses números, ressaltando a importância do controle externo da atividade policial para garantir a segurança da população.

Sair da versão mobile