O texto proposto estabelece que os países desenvolvidos assumam a liderança no financiamento da ação climática, utilizando uma variedade de fontes tanto públicas quanto privadas. O objetivo é alcançar um financiamento climático anual de US$ 1,3 trilhão até 2035. Organizações sociais brasileiras presentes nas negociações em Baku criticaram a proposta, considerando-a insuficiente. Já estão mobilizando para pressionar por melhorias no texto final.
Tatiana Oliveira, especialista em políticas públicas da WWF Brasil, pontuou que houve uma redução significativa no número de parágrafos consistentes na proposta, e o valor da NCQG ficou aquém do esperado. A ampliação das fontes financeiras levanta preocupações sobre a diminuição de recursos públicos dos países desenvolvidos, que são os principais emissores de gases do efeito estufa.
Míriam Garcia, gerente de políticas climáticas do WRI Brasil, enfatizou que o texto atual ainda está em estágio inicial e precisa de ajustes. O grupo de países em desenvolvimento G77+China inicialmente propôs um financiamento de US$ 500 bilhões, mas essa quantia não foi refletida na segunda proposta. A expectativa é que, assim como em COPs anteriores, as negociações se estendam por mais alguns dias até que um acordo consensual seja alcançado.
As discussões na COP29 estão focadas em encontrar um equilíbrio entre mitigação e adaptação às mudanças climáticas, além de garantir que haja uma distribuição justa e equitativa dos recursos financeiros para essas ações. Todos os olhos estão voltados para as próximas horas de negociações, na expectativa de que as partes envolvidas cheguem a um consenso para enfrentar os desafios climáticos globais de forma eficaz.