Ao longo do ano, a RAV assistiu 1.357 mulheres em Salas e Áreas Lilás implantadas em Hospitais e Delegacias do Estado. O perfil das vítimas demonstra que a maioria está na faixa etária de 18 a 59 anos, possui baixa escolaridade, reside em áreas periféricas e é agredida por ex-cônjuges, cônjuges ou amigos e conhecidos.
A gerente operativa da RAV, enfermeira Thaylise Nunes, enfatizou que os dados refletem um padrão de violência em Alagoas, no qual as mulheres negras e pardas são as mais vulneráveis. Além disso, houve um aumento no número de atendimentos em comparação com o ano anterior, o que evidencia a necessidade de oferecer proteção e atendimento adequado a essas vítimas.
Os atendimentos de violência sexual realizados pela RAV também são preocupantes, totalizando 1.163 até outubro deste ano. As vítimas recebem um atendimento multidisciplinar, contemplando diversos profissionais de saúde e segurança para garantir apoio e assistência integral.
Para enfrentar essa realidade, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) tem intensificado a qualificação dos profissionais, visando identificar, notificar e prestar assistência humanizada às mulheres em situação de violência. A ideia é ampliar a capacidade de resposta e proteção, fortalecendo o sistema de garantia de direitos e monitoramento dos casos de violência.
Portanto, é urgente potencializar as ações de combate à violência contra a mulher em Alagoas, a fim de garantir a segurança e integridade das vítimas, bem como promover a conscientização e sensibilização da sociedade para a gravidade desse problema.
