O sigilo do inquérito, que aponta ações sobre a suposta trama golpista, foi retirado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A investigação aponta que o general Augusto Heleno ocuparia a chefia do Gabinete Institucional de Gestão de Crise, formado por militares, com o objetivo de iniciar os trabalhos no dia 16 de dezembro de 2022, após a prisão ou execução de autoridades e a consumação do golpe de Estado.
A Polícia Federal também argumenta que o general participou de reuniões estratégicas para estabelecer um discurso sobre urnas eletrônicas e votações, inclusive registrando em sua agenda a relevância de continuar criticando a urna eletrônica. Além disso, foram encontrados documentos na residência do general que descrevem argumentos relacionados a inconsistências e vulnerabilidades nas urnas eletrônicas.
O inquérito destaca o papel de liderança exercido pelo general Augusto Heleno na execução do plano de Golpe de Estado, ressaltando que ele ocupava a posição de liderança máxima na estrutura organizacional do gabinete de crise. O advogado de defesa do general, Matheus Mayer, afirmou que ainda não tinha condições de se manifestar sobre o inquérito devido ao volume de informações contidas.
Diante dessas acusações, o caso segue em andamento e novas revelações podem surgir ao longo da investigação. A suposta tentativa de subversão do regime democrático por parte de uma autoridade militar aposentada levanta questões sobre a estabilidade política e democrática do país. É importante aguardar os desdobramentos do caso para entender o impacto dessas acusações no cenário político nacional.