Segundo as investigações, Braga Netto teria sido responsável por um planejamento operacional que envolvia a prisão e a morte do ministro Alexandre de Moraes, assim como uma tentativa de interferência na posse do novo governo eleito. O relatório da PF revela que o encontro onde as ações clandestinas foram apresentadas e aprovadas contou com a presença de militares das forças especiais do Exército, liderados pelo general.
Além disso, foram descobertos documentos na sede do Partido Liberal que indicam um possível envolvimento de Braga Netto com um acordo de colaboração premiada firmado por um dos acusados. O material apreendido também continha um esboço da “Operação 142”, que propunha ações como a interrupção do processo de transição e o enquadramento jurídico de decretos específicos.
O relatório ainda aponta para a criação de um Gabinete vinculado à Presidência da República, liderado por Braga Netto e outro general, que teria como função assessorar Bolsonaro na implementação das ações do golpe. Além disso, o documento traz evidências de que Braga Netto teria pressionado os comandantes da Aeronáutica e do Exército para aderirem ao plano golpista.
A Agência Brasil aguarda o posicionamento do general Walter Braga Netto sobre as acusações. Em nota divulgada pela sua defesa no último sábado, o general reiterou sua lealdade a Bolsonaro e ressaltou que confia no processo legal para esclarecer os fatos e as responsabilidades de todos os envolvidos nos inquéritos.