O primeiro núcleo identificado no relatório é o Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral. Esse grupo era responsável por disseminar notícias falsas sobre a lisura das eleições, estimular apoiadores a se reunirem em frente aos quartéis das Forças Armadas e criar um ambiente propício para a consumação do golpe. Entre os integrantes desse núcleo estão Mauro Cesar Barbosa Cid, Anderson Gustavo Torres, e Guilherme Marques Almeida, entre outros.
Outro núcleo apontado pela investigação foi o responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado. Esse grupo promovia ataques pessoais contra militares que se posicionavam contra o golpe e contava com a participação de figuras como Walter Souza Braga Netto e Ailton Gonçalves Moraes Barros.
Além disso, o relatório também menciona a existência de um Núcleo Jurídico, um Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas, um Núcleo de Inteligência Paralela e um Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos. Todos esses grupos atuaram de forma articulada para desacreditar o processo eleitoral, planejar a execução do golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito no país.
Após a revelação das conclusões do inquérito, o documento foi encaminhado para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que agora terá a incumbência de decidir se os indiciados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, serão denunciados ao Supremo Tribunal Federal. Com a divulgação dessas informações, o país aguarda ansiosamente por novos desdobramentos nesse caso que envolve questões fundamentais para a democracia brasileira.