De acordo com o inquérito, dois dos investigados, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima e o capitão Lucas Guerellus, foram vistos nas proximidades do hotel em questão. Além disso, o policial federal Wladimir Matos Soares, que acabou sendo indiciado e preso, estava envolvido no repasse de informações sensíveis sobre a segurança do presidente eleito.
O ponto mais alarmante da investigação foi o planejamento de assassinatos envolvendo a equipe presidencial eleita. Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, foram codinomeados como “Jeca” e “Joca”, respectivamente, no contexto da operação golpista Punhal Verde Amarelo. O policial federal Wladimir Matos Soares chegou a se infiltrar na segurança de Lula para obter informações privilegiadas, que eram posteriormente repassadas ao então presidente Jair Bolsonaro, empenhado na consumação do golpe de Estado com o apoio das Forças Armadas.
O inquérito revelou que o planejamento da operação golpista incluía até mesmo a possibilidade de assassinato por envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico nos membros da chapa eleita. Essas informações chocantes expõem a fragilidade da democracia brasileira diante de tentativas de golpes e a importância da atuação da Polícia Federal na prevenção e investigação de crimes dessa natureza.