BRASIL – Investigação da PF revela plano golpista para monitorar Lula e Alckmin e incluía possibilidade de assassinato da chapa presidencial eleita.

A investigação da Polícia Federal trouxe à tona uma trama golpista contra a democracia brasileira que envolveu agentes do Estado, conhecidos como “kids pretos”, monitorando de perto o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Os agentes se concentravam nas proximidades do hotel Meliá, em Brasília, onde Lula esteve hospedado durante a transição de governo no final de 2022.

De acordo com o inquérito, dois dos investigados, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima e o capitão Lucas Guerellus, foram vistos nas proximidades do hotel em questão. Além disso, o policial federal Wladimir Matos Soares, que acabou sendo indiciado e preso, estava envolvido no repasse de informações sensíveis sobre a segurança do presidente eleito.

O ponto mais alarmante da investigação foi o planejamento de assassinatos envolvendo a equipe presidencial eleita. Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, foram codinomeados como “Jeca” e “Joca”, respectivamente, no contexto da operação golpista Punhal Verde Amarelo. O policial federal Wladimir Matos Soares chegou a se infiltrar na segurança de Lula para obter informações privilegiadas, que eram posteriormente repassadas ao então presidente Jair Bolsonaro, empenhado na consumação do golpe de Estado com o apoio das Forças Armadas.

O inquérito revelou que o planejamento da operação golpista incluía até mesmo a possibilidade de assassinato por envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico nos membros da chapa eleita. Essas informações chocantes expõem a fragilidade da democracia brasileira diante de tentativas de golpes e a importância da atuação da Polícia Federal na prevenção e investigação de crimes dessa natureza.

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