O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu retirar o sigilo do relatório da PF, porém manteve o sigilo no caso específico da delação premiada de Mauro Cid. No ano passado, uma decisão do ministro já havia proibido qualquer contato entre Mauro Cid e figuras importantes, como o ex-presidente e sua esposa, Michelle Bolsonaro, além de investigados nos inquéritos relacionados à tentativa de golpe.
Mensagens obtidas pela PF indicam que houve preocupação sobre o conteúdo da delação de Mauro Cid e a possível menção aos generais Braga Netto e Augusto Heleno. Essas mensagens foram encontradas em documentos apreendidos na sede do Partido Liberal (PL), na mesa do coronel Peregrino.
O relatório da PF destaca que as mensagens revelam questionamentos sobre o teor das reuniões, a existência de documentos físicos relacionados ao Artigo 142 e a menção a Filipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro. As respostas, aparentemente fornecidas ou repassadas por Mauro Cid, indicam uma série de informações sensíveis que levantam preocupações sobre a extensão das investigações.
A PF esclarece que as siglas presentes nas mensagens fazem referência a Alexandre de Moraes e ao General Braga Netto, e conclui que o contexto das informações obtidas é grave, indicando que o grupo criminoso agiu de maneira concreta para ter acesso ao conteúdo do acordo de colaboração de Mauro Cid. O documento estava na mesa do coronel Peregrino, assessor de Braga Netto, o que reforça a importância dessas informações para os objetivos suspeitos do grupo.
Diante dessas revelações, fica evidente a gravidade do caso e a urgência em continuar as investigações para desvendar totalmente os planos por trás da tentativa de golpe de Estado. O trabalho da PF e do STF é crucial para garantir a estabilidade democrática do país e punir os responsáveis por tais atos criminosos.