Uma decisão judicial recente causou comoção e indignação na cidade de Arapiraca. Uma professora de uma creche particular foi condenada a pagar uma indenização por danos morais a um menino de apenas 10 anos de idade, que foi vítima de maus-tratos quando tinha apenas 4 anos. A ação movida pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) teve como resultado a condenação da educadora pelos traumas causados à criança.
Os abusos sofridos pelo menino em 2018 foram descobertos pela mãe, que percebeu mudanças no comportamento do filho, como isolamento e medo excessivo. Após indagações, a família descobriu que o garoto era vítima de agressões psicológicas e físicas, como empurrões, puxões, obrigação de comer de pé e até ser trancado em um quarto escuro durante as aulas.
Testemunhas e laudos psicológicos comprovaram os relatos, destacando os traumas profundos causados pelos maus-tratos. Uma diretora da escola para onde o menino foi transferido relatou que ele apresentava um comportamento assustado, chegando a se encostar na parede e chorar ao ouvir seu nome ou a palavra “quarto”.
O defensor público André Chalub Lima, representante da DPE/AL, argumentou que além do impacto emocional, os maus-tratos acarretaram custos financeiros à família com tratamentos médicos, terapias e medicamentos, o que embasou o pedido de indenização. A sentença responsabilizou a professora pelos atos praticados e ressaltou a gravidade da violação dos direitos de uma criança em fase crucial de desenvolvimento.
Além da indenização por danos morais, a professora também foi condenada a arcar com as custas processuais. A justiça foi feita, mas fica o alerta para a importância da proteção das crianças e da atenção necessária aos possíveis sinais de maus-tratos dentro e fora do ambiente escolar.