O avião utilizado para o resgate foi o KC-30, e a logística envolveu não apenas a aeronave, mas também servidores da Força Aérea Brasileira e um intenso trabalho de articulação do Itamaraty. Segundo informações do governo, a comunidade brasileira no Líbano é composta por cerca de 20 mil pessoas, tornando essas ações de repatriação de extrema importância.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou as operações de resgate desde o agravamento do conflito no Líbano, desencadeado pelos bombardeios aéreos massivos de Israel contra cidades libanesas. Esses ataques são resultado da campanha militar israelense na Faixa de Gaza, território palestino ocupado por Tel-Aviv.
A chegada do voo coincidiu com o início do acordo de cessar-fogo entre o grupo xiita Hezbollah e Israel, mediado pelos Estados Unidos e pela França. De acordo com o acordo, as forças de Israel deverão se retirar do Líbano em um prazo de 60 dias, enquanto o Hezbollah se compromete a se deslocar para o Norte do Rio Litani.
Essa movimentação permitirá a formação de uma faixa que será patrulhada pelo exército libanês e pela força das Nações Unidas no Líbano (Unifil). Também está previsto que o exército libanês envie 5 mil soldados para o Sul do país, como parte dos termos do cessar-fogo.
Diante desse novo cenário de trégua no conflito, a Agência Brasil entrou em contato com a FAB para obter atualizações sobre a operação de repatriação Raízes do Cedro e quais serão os próximos passos diante da mudança no panorama político e militar na região.
