BRASIL – Hamas celebra acordo de cessar-fogo no Líbano entre Israel e Hezbollah e se disponibiliza a cooperar para fim da guerra em Gaza.

Nesta quarta-feira (27), o grupo palestino Hamas anunciou sua satisfação com o acordo de cessar-fogo no Líbano entre Israel e o grupo Hezbollah, mostrando-se disposto a cooperar para alcançar o fim da guerra na Faixa de Gaza. De acordo com o comunicado divulgado pelo grupo que atua em Gaza, eles estão interessados em parar a agressão contra o povo palestino, desde que sejam cumpridas diversas condições, como o cessar-fogo, a retirada das forças de ocupação, o retorno dos deslocados e a obtenção de um acordo de troca de prisioneiros.

O Hamas também se mostrou favorável ao acordo entre o Hezbollah e Israel, destacando que a postura do grupo libanês é fundamental para desmontar as pretensões de Netanyahu de alterar o cenário do Oriente Médio. Inicialmente, Israel tinha como objetivo eliminar por completo as capacidades militares do Hezbollah.

Além disso, o Hamas elogiou a atuação da Resistência Islâmica no Líbano, liderada pelo Hezbollah, em apoio à Faixa de Gaza e à resistência palestina. O comunicado reconhece os sacrifícios feitos pelo grupo libanês e sua liderança em solidariedade ao povo palestino.

O conflito na região teve início após um ataque do Hamas a Israel em resposta à ocupação dos territórios palestinos e ao cerco à Faixa de Gaza. Desde então, o Hezbollah tem atuado em solidariedade aos palestinos, realizando ataques a bases militares no norte de Israel. O governo israelense alega que a ofensiva no Líbano tinha como objetivo permitir o retorno dos moradores do norte do país às suas casas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o cessar-fogo no norte de Israel vai intensificar a pressão contra o Hamas em Gaza. Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que buscará um acordo de paz em Gaza sem a presença do Hamas no poder. O acordo entre Israel e o Hezbollah prevê um cessar-fogo de dois meses no Líbano, com a retirada das tropas israelenses e a ocupação do norte do Rio Litani pelo grupo libanês. Esses eventos repercutiram internacionalmente, com a participação de diversos atores políticos e organizações.

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