Segundo o relatório elaborado pelo tribunal, além das ossadas, foram encontrados pedaços de madeira, mantas mortuárias e resíduos de obras nos cemitérios. Esses indícios sugerem que as escavações em áreas inadequadas resultaram em exumações não autorizadas e no descarte anônimo de restos mortais. As concessionárias responsáveis pela gestão dos cemitérios não foram capazes de comprovar a destinação adequada das ossadas exumadas, apresentando apenas sacos de despojos em quantidade insuficiente.
As equipes de auditores do TCM vistoriaram os 22 cemitérios públicos e um crematório da cidade, constatando que em dez deles havia uma quantidade significativa de ossos humanos não identificados e material fúnebre misturado à terra nas escavações. A gravidade da situação levou o tribunal a convocar uma reunião com a SP Regula, agência responsável pela fiscalização dos serviços das concessionárias, para discutir as medidas apropriadas.
Além disso, o relatório da auditoria apontou que as empresas responsáveis pelos serviços funerários realizaram obras nas áreas de sepultamento, em desacordo com as normas estabelecidas. A construção de gavetas no solo e columbários sem exumações prévias foi uma prática identificada, resultando em escavações inadequadas e exposição de restos mortais.
Diante dessas irregularidades, vereadores denunciaram a perda de restos mortais em cemitérios da cidade, trazendo à tona a necessidade de medidas urgentes para corrigir essas falhas. A situação exige uma investigação minuciosa e ações rigorosas por parte das autoridades responsáveis pela fiscalização dos serviços funerários em São Paulo.