No entanto, a situação revelada pelo diretor da creche, Paulo Lafayete, durante a compra da geladeira trouxe à tona um problema enfrentado por muitas favelas brasileiras. Por falta de um CEP ou endereço formal, foi necessário utilizar o código postal de outra pessoa conhecida para efetuar a compra. A comunidade de Santa Luzia abriga cerca de 20 mil pessoas e a falta de visibilidade e estrutura é um desafio diário para seus moradores.
O Programa Periferia Viva tem como objetivo tornar essas comunidades visíveis e promover melhorias em sua infraestrutura. Com um investimento previsto de mais de R$ 7 bilhões em urbanização de favelas, prevenção de desastres em encostas, melhorias habitacionais e regularização fundiária, o governo federal busca diminuir as desigualdades e garantir mais dignidade aos moradores das periferias.
Durante o lançamento do programa, o presidente Lula emocionou-se ao destacar a importância de garantir direitos básicos como saneamento e moradia para todos. Ele ressaltou a necessidade de tornar o país mais justo e humano, criando oportunidades para aqueles que historicamente foram marginalizados.
Além dos investimentos em infraestrutura, o Programa Periferia Viva prevê ações de reconhecimento de iniciativas sociais nas periferias, como o projeto de gastronomia social Favela Gastronômica, que busca promover segurança alimentar e reduzir as desigualdades sociais. Também serão realizadas pesquisas e produção de dados sobre favelas e periferias brasileiras, visando ampliar o conhecimento e a visibilidade dessas regiões.
Em resumo, o Programa Periferia Viva representa um passo importante na busca por um país mais inclusivo e igualitário, garantindo acesso a direitos básicos e promovendo o desenvolvimento das comunidades periféricas. Através de investimentos e ações estratégicas, o governo federal busca transformar a realidade das favelas e promover o reconhecimento e valorização de suas iniciativas locais.