BRASIL – Facção criminosa invade Terra Indígena no Acre e cacique denuncia agressões a crianças e mulheres, pedindo intervenção das autoridades.

O líder indígena Biraci Junior Yawanawa, cacique da aldeia Nova Esperança na Terra Indígena (TI) Rio Gregório, fez uma denúncia grave nesta quarta-feira (27) ao afirmar que uma facção criminosa invadiu o território habitado pelos indígenas yawanawá e os katukina pano, localizado no município de Tauara, no Acre (AC). Segundo ele, membros da organização atacaram pessoas de outra aldeia, resultando em espancamento de crianças e estupro de mulheres.

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o cacique mostrou sua preocupação com a situação, destacando que os invasores estão mantendo pessoas como reféns na aldeia. Mesmo ciente dos riscos de se expor, Biraci Junior Yawanawa decidiu falar publicamente para buscar ajuda e evitar que a situação se agrave ainda mais. Ele pediu a intervenção das autoridades locais para proteger os Kamanawa, um dos clãs dos katukina pano.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) confirmou a presença de organizações criminosas na região e informou que uma operação já havia sido deflagrada em outra aldeia da TI, a Katukina, com o apoio da Polícia Federal. Agentes policiais, incluindo policiais federais, militares e civis, além de guarnições do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), foram mobilizados para atender ao chamado de socorro feito.

A Sejusp assegurou que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para garantir a segurança do povo Katukina e demais comunidades da Terra Indígena Rio Gregório. A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério dos Povos Indígenas e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em busca de mais informações sobre o caso.

Diante da gravidade da situação, a mobilização das autoridades é fundamental para conter a invasão criminosa e proteger a integridade dos indígenas que habitam a região. A atuação conjunta das forças de segurança e órgãos competentes é essencial para garantir a paz e a segurança nas comunidades indígenas do Acre.

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