A CUT, porém, fez críticas à pressão exercida pelo mercado financeiro e por parte da imprensa, que estariam incentivando o governo a adotar medidas impopulares de corte de gastos que afetam as políticas sociais e a parcela mais vulnerável da população. A central sindical apontou que alguns pontos do ajuste fiscal precisam ser revistos.
Uma das iniciativas elogiadas pelas centrais foi a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil, considerada uma medida que alivia o bolso dos trabalhadores que mais contribuem para o desenvolvimento do país e que atualmente pagam altos impostos. Além disso, a tributação dos rendimentos acima de R$ 50 mil e a limitação dos benefícios fiscais em caso de déficit primário também foram destacadas como positivas.
A CUT também demonstrou apoio às mudanças nos benefícios previdenciários dos militares e à destinação de metade das emendas parlamentares para a saúde. No entanto, a central criticou a redução do alcance do abono salarial, argumentando que essa medida afeta os trabalhadores de menor renda, os mais vulneráveis.
Por outro lado, a UGT elogiou a mudança na tributação como um alívio para milhões de brasileiros, especialmente aqueles que enfrentam dificuldades financeiras devido ao aumento do custo de vida. A medida foi vista como promotora de uma maior equidade tributária e de uma distribuição de renda mais justa.
Em suma, as medidas anunciadas pelo ministro Haddad foram recebidas com uma mistura de elogios e críticas por parte das centrais sindicais, que destacaram avanços importantes para a classe trabalhadora, mas também ressaltaram a necessidade de vigilância para evitar possíveis perdas. A importância de políticas públicas que visem reduzir a desigualdade e promover uma distribuição de renda mais equitativa foi enfatizada nos comunicados.