Segundo seu advogado, Jeffey Chiquini, Azevedo está disposto a cooperar com as investigações e responder a todas as perguntas feitas durante o depoimento. Além disso, a defesa promoverá uma coletiva de imprensa no Rio de Janeiro amanhã (29) para abordar o papel do tenente-coronel nas ações operacionais ilícitas que foram alvo da Operação Contragolpe.
De acordo com informações da PF, Azevedo, juntamente com outros militares e um policial federal, teria participado de ações que incluíam planos para o assassinato de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o então presidente do TSE, Alexandre de Moraes. O intuito seria impedir a posse do governo eleito e restringir o funcionamento do Estado Democrático de Direito e do poder judiciário.
Entre os cinco detidos na Operação Contragolpe, Azevedo é o único que não foi indiciado entre as 37 pessoas pela PF por tentativa de golpe de Estado. No relatório entregue à Procuradoria-Geral da República, a PF reuniu evidências da participação do militar nas ações clandestinas que ocorreram em dezembro de 2022 com o objetivo de prender ou executar o ministro Alexandre de Moraes.
Com essas revelações, o caso continua sendo investigado de perto pelas autoridades competentes para determinar a extensão da participação de Azevedo e demais envolvidos nas ações ilícitas que desestabilizariam a ordem democrática e constitucional do país.