BRASIL – Assembleia do Sepe-RJ decide futuro da greve dos professores municipais do Rio de Janeiro após decisão judicial.

Professores municipais do Rio de Janeiro se reúnem em assembleia para decidir o futuro da greve que teve início na última segunda-feira. A Justiça determinou a suspensão do movimento e impôs multas significativas ao sindicato e aos diretores em caso de descumprimento da ordem.

A coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-RJ), Helenita Bezerra, salientou que o sindicato ainda não recebeu oficialmente a notificação da decisão judicial. No entanto, ela afirmou que a tendência é que a categoria opte pela continuidade da greve.

A suspensão da greve foi determinada pelo desembargador Ricardo Rodrigues Cardoso, presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. A Prefeitura argumentou a ilegalidade da paralisação por meio de ação de dissídio coletivo, alegando falta de aviso prévio e diálogo entre os professores e a Secretaria Municipal de Educação.

O presidente do Tribunal destacou que o sindicato não cumpriu os requisitos básicos para uma greve legal, como o esgotamento das negociações e a notificação prévia mínima de 48 horas. Além disso, determinou que a prefeitura desconte o salário dos dias de paralisação ilegal.

Uma audiência de conciliação foi agendada e está prevista para o dia 11 de dezembro de forma virtual. O sindicato reivindica o arquivamento do Projeto de Lei 186/2024, que afeta os direitos dos professores, e a revogação da Lei 8666/2024, que amplia os contratos temporários na rede.

O Sepe-RJ repudiou a postura do governo e da Justiça em relação à greve, destacando a importância da assembleia para decidir os rumos da luta. A categoria se mobiliza para discutir os próximos passos em busca de seus direitos.

A Secretaria Municipal de Educação afirmou que seguirá com o calendário escolar sem alterações, em direção ao encerramento do ano letivo. Enquanto isso, os professores se mantêm firmes em sua luta por melhores condições de trabalho e respeito aos seus direitos.

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