Pacheco afirmou que a isenção do Imposto de Renda, embora seja um desejo de todos, não será discutida no momento, a menos que haja condições fiscais favoráveis para isso. Segundo o presidente do Senado, a viabilidade de medidas como essa depende do crescimento econômico do país e da capacidade de gerar riqueza sem aumentar os impostos.
Por outro lado, analistas de mercado apontam que a alta do dólar está relacionada ao anúncio do governo de isentar do Imposto de Renda aqueles que recebem até R$ 5 mil por mês, ao mesmo tempo em que propõe aumentar a taxação em 10% para quem ganha acima de R$ 50 mil. Essa medida impactou negativamente os investidores e gestores de ativos financeiros, que reagiram de forma defensiva diante da incerteza sobre a tributação dos mais ricos.
A reação do mercado financeiro ao anúncio do governo foi considerada exagerada por alguns especialistas. O economista e professor da Universidade de Brasília, César Bergo, acredita que essa especulação é temporária e que as propostas de isenção do Imposto de Renda só serão discutidas em 2025, podendo entrar em vigor somente em 2026.
Diante desse cenário de incertezas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que as propostas de reforma tributária em discussão terão um impacto fiscal neutro, ou seja, o que for isentado de um lado terá que ser compensado do outro. Ele também destacou a importância do apoio do Congresso Nacional às medidas de controle de gastos, que visam reduzir despesas significativamente nos próximos anos.
A atenção do mercado e dos agentes políticos permanece voltada para as discussões em torno da reforma tributária e das medidas de austeridade fiscal, em meio a um cenário de instabilidade e expectativas sobre o futuro da economia brasileira.