BRASIL – Trabalhadores da PepsiCo em greve pelo fim das escalas 6×1 e 6×2; audiência no TRT-2 marcada para segunda-feira

Os trabalhadores da PepsiCo mantêm a greve nesta sexta-feira (29) em protesto contra as escalas de trabalho de 6 dias consecutivos seguidos por apenas 1 dia de folga, além da oposição às escalas de 6 dias de trabalho seguidos por 2 dias de folga. Uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) está agendada para a próxima segunda-feira (2).

A decisão de iniciar a greve foi tomada no último domingo (24) durante assembleia dos trabalhadores das unidades de Itaquera e Sorocaba. O sindicato da categoria alega que a postura inflexível da empresa e a recusa em negociar as condições de trabalho foram os motivos que levaram à paralisação.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação de São Paulo e Região (Stilasp) divulgou que, diante da tentativa da PepsiCo de implementar as jornadas contestadas, propuseram a adoção da jornada de trabalho espanhola como alternativa, alternando entre uma semana de 48 horas e uma semana de 40 horas. No entanto, a empresa não se mostrou disposta a dialogar.

A mobilização dos trabalhadores da PepsiCo se insere em um contexto nacional de luta pelo fim de jornadas exaustivas de trabalho. A entidade sindical ressalta que a greve visa garantir qualidade de vida e saúde mental para todos os trabalhadores.

O tema ganhou destaque em novembro com a proposta de emenda à Constituição Federal (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), que propõe uma jornada de trabalho de até 36 horas semanais e quatro dias de trabalho por semana no Brasil.

Na audiência marcada para o TRT-2, as partes deverão apresentar ao menos duas novas propostas de jornada de trabalho. Enquanto isso, a PepsiCo afirmou, em nota, que cumpre rigorosamente as leis brasileiras e que a jornada 6×1 está de acordo com a legislação vigente.

A empresa reiterou sua disposição para dialogar com os colaboradores e representantes sindicais em busca de soluções equilibradas, com base em relações éticas e responsáveis. O desfecho desse impasse entre trabalhadores e empresa terá desdobramentos importantes para o cenário trabalhista no país.

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