A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Entidade Administradora da Faixa (EAF) anunciaram no dia 26 o sucesso na “limpeza” da faixa de frequência de 3,5 gigahertz (GHz), que é destinada ao 5G. Essa conquista permitiu que a liberação do sinal fosse realizada nesta segunda-feira, marcando um marco na história das comunicações no Brasil.
Anteriormente, a faixa de frequência de 3,5 GHz era utilizada por serviços de radiodifusão e de televisão aberta via satélite, especialmente por antenas parabólicas que operavam na Banda C. Com a chegada do 5G, foi necessário realizar uma migração e eliminar as interferências para viabilizar a instalação dessa tecnologia revolucionária.
Ao longo dos últimos anos, a Anatel trabalhou intensamente para realizar a migração da Banda C e eliminar as interferências na faixa de 3,5 GHz. Foram desocupadas 1.482 estações satelitais profissionais (FSS) e instalados filtros nas parabólicas para reduzir interferências. Além disso, mais de 4,3 milhões de kits de conversão foram distribuídos gratuitamente para famílias beneficiárias de programas sociais federais.
A EAF, entidade que reúne as operadoras de telefonia que arremataram o sinal 5G, foi responsável por todo o processo de liberação da faixa de frequência. Agora, as operadoras podem instalar o 5G em qualquer cidade do país, mas o edital do leilão estabelece que a ativação em todos os municípios será realizada até 2029.
A conclusão da limpeza do sinal ocorreu nesta segunda-feira, com a eliminação das interferências em 190 municípios da Bahia. O processo foi concluído com 14 meses de antecedência, mostrando o comprometimento das autoridades em tornar o 5G uma realidade para todos os brasileiros. Os beneficiários de programas sociais do governo podem agendar a instalação do kit gratuito através do telefone 0800-729-2404 ou pelo site da EAF.
A limpeza do sinal da Banda C foi realizada de forma semelhante ao desligamento da televisão analógica, com as operadoras de celular assumindo os custos da distribuição de antenas e conversores para garantir que a transição ocorra de maneira tranquila e acessível para toda a população. Este é um passo importante para o avanço da conectividade no Brasil e para a promoção do desenvolvimento tecnológico em diversas áreas.