De acordo com a CNC, os segmentos de super e hipermercados devem ser os principais responsáveis pelo crescimento financeiro, representando 45% do total estimado em R$ 31,37 bilhões. Em seguida, estão as lojas especializadas em vestuário, calçados e acessórios, com 28,8% do faturamento (R$ 20,07 bilhões), e os estabelecimentos voltados para produtos de uso pessoal e doméstico, com 11,7% (R$ 8,16 bilhões).
O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, destacou que a dinâmica de consumo atual tem impulsionado as vendas neste período. No entanto, as condições menos favoráveis, causadas pelo aperto monetário iniciado pelo Banco Central em setembro, têm impactado o consumidor final, resultando em um crescimento menos expressivo em comparação ao ano anterior.
Além disso, a CNC estima a contratação de aproximadamente 98,1 mil funcionários temporários para atender à demanda do Natal, o que representa uma queda em relação ao ano passado. O economista-chefe da CNC, Fábio Bentes, ressaltou que o aumento do quadro de funcionários das empresas ao longo do ano fez com que houvesse menos necessidade de contratações temporárias.
Para o próximo ano, a expectativa é que cerca de 8 mil trabalhadores temporários sejam efetivados, mostrando uma tendência de diminuição na dependência do varejo por mão de obra temporária. Em relação aos preços dos produtos natalinos, a desvalorização cambial deve impactar, com uma projeção de aumento médio de 5,8% no IPCA-15. Por outro lado, alguns presentes como bicicletas, aparelhos telefônicos e brinquedos devem ficar mais baratos.
Por fim, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul concentram a maior parte das vendas estimadas pela CNC, representando 55,5% do total. Paraná e Bahia se destacam como os estados com maiores projeções de avanço nas vendas, com aumentos de 5,1% e 3,6%, respectivamente.