Nobre iniciou sua jornada musical aos 5 anos de idade, no Conservatório Pernambucano de Música, na cidade do Recife. Sua trajetória foi marcada por conquistas notáveis, como se tornar o primeiro brasileiro a reger a Royal Philarmonic Orchestra de Londres, em 1990. Além disso, ele esteve à frente de diversas outras orquestras renomadas ao redor do mundo, como a Orchestre Philharmonique de l’ORTF em Paris e a Orquesta Filarmónica del Teatro Colón em Buenos Aires.
O legado de Nobre transcende suas performances e composições musicais. Ele exerceu importantes cargos de destaque, como a direção do Instituto Nacional de Música da Funarte e a presidência do Conselho Internacional de Música da Unesco em Paris. Sua contribuição para a música clássica brasileira foi imensurável, e seu talento foi reconhecido internacionalmente com prêmios e honrarias.
Em nota, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) expressou suas condolências e destacou a genialidade e contribuição de Marlos Nobre para a arte. Sua passagem pela Rádio MEC, onde apresentou programas musicais, deixou marcas indeléveis no cenário radiofônico do país. A viúva do maestro, Maria Luiza Nobre, ressaltou o legado dele como o maior compositor ibero-americano, mencionando a sua dedicação em promover a cultura mesmo em momentos difíceis, como durante o regime militar.
A partida de Marlos Nobre deixa um vazio no coração de todos aqueles que apreciam a música erudita e reconhecem sua importância para o cenário musical nacional e internacional. Seu legado perdurará por gerações, inspirando novos talentos a seguirem seus passos e a se dedicarem à arte com a mesma paixão e genialidade que ele demonstrou ao longo de sua carreira.