Os episódios que geraram essa onda de repúdio incluem desde um policial jogando um rapaz de uma ponte na Cidade Adhemar até a morte de Gabriel Renan da Silva Soares, de apenas 26 anos, que furtou produtos de limpeza em um supermercado no Jardim Prudência, ambos na zona sul da capital paulista. A Comissão Arns expressou sua profunda indignação diante dessas ações consideradas como atos de barbárie e instou as autoridades competentes a tomarem medidas para punir os responsáveis e interromper essa crescente letalidade policial.
Além disso, a entidade mencionou outras ocorrências preocupantes, como a morte de crianças e outras vítimas inocentes em decorrência da ação policial. O pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo, Renato Alves, alertou para a gravidade do cenário de violência policial, destacando a preocupação com o recrudescimento do uso da letalidade como ferramenta de trabalho pela polícia.
Diante desse contexto alarmante, a Comissão Arns cobrou ações do Ministério Público estadual e sugeriu o afastamento do secretário de Segurança Pública, além de uma investigação ampla e rigorosa dos casos. O Instituto Vladimir Herzog ressaltou a importância do uso de câmeras ininterruptas para denunciar adequadamente casos como esses e a necessidade urgente de romper com a lógica de militarização e violência no aparato policial.
Esses episódios recentes reiteram a necessidade de medidas eficazes para coibir a violência policial e garantir a segurança da população, ao mesmo tempo em que representam um desafio para as autoridades e a sociedade em busca de uma mudança significativa nesse cenário preocupante.