O primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, líder da maior economia europeia, destacou a importância do acordo ao criar um livre mercado com mais de 700 milhões de pessoas, o que, segundo ele, proporcionará mais crescimento e competitividade. Já o presidente espanhol, Pedro Sanchez, considerou o acordo histórico e afirmou que trabalhará para a sua aprovação pelo Conselho Europeu.
No entanto, a reação da França foi de oposição devido à pressão de seus agricultores, que são contra o acordo. A ministra de Comércio Exterior francesa, Sophie Primas, ressaltou que os países-membros ainda precisam assinar o acordo, e afirmou que a França continuará trabalhando contra a sua aprovação.
A Polônia também se manifestou contrariamente ao acordo, juntamente com a França, mostrando-se contrária à sua entrada em vigor. A Itália, por sua vez, demonstrou reservas em relação ao acordo devido às preocupações com os agricultores. A ratificação do acordo ainda depende da revisão e tradução do texto, além de aprovação interna dos países do Mercosul, do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comemorou o término das negociações como uma “vitória para a Europa”. Segundo ela, o acordo proporcionará oportunidades econômicas e será uma necessidade política. O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e o governo sueco também expressaram apoio ao acordo, destacando os benefícios para os países, empresas e cidadãos.
Em resumo, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia representa um marco na história das relações comerciais entre os dois blocos, porém ainda enfrenta desafios para ser ratificado e entrar em vigor. A diversidade de opiniões entre os países membros da UE reflete a complexidade do acordo e a importância de um consenso para sua implementação bem-sucedida.