Durante o evento no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), na capital paulista, o governador ressaltou a importância de refletir sobre o discurso e reconhecer os erros cometidos. Ele mencionou a professora Joana Monteiro, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que destacou o impacto das palavras das autoridades sobre os policiais, alertando que discursos populistas sobre o uso da força podem resultar em consequências negativas para a tropa.
Tarcísio também admitiu que não possui respostas concretas sobre como balancear seu discurso para não parecer um “salvo-conduto” para os policiais, ao mesmo tempo em que garante o cumprimento das normas de segurança. Ele questiona como modular o discurso para garantir segurança jurídica, adesão aos procedimentos operacionais e prevenir o descontrole, enfatizando que não deve haver um salvo-conduto para a violência.
Além disso, o governador expressou arrependimento em relação à sua postura anterior sobre o uso de câmeras corporais pelos policiais. Inicialmente contrário ao equipamento, Tarcísio reconheceu que as câmeras são um fator de contenção e afirmou que a utilização delas ajuda o agente de segurança pública. Pesquisas mostraram que a letalidade provocada por policiais em serviço em São Paulo diminuiu significativamente após a adoção das câmeras, reforçando a importância desses equipamentos para a transparência e responsabilização na atuação policial.